Durante a pandemia do novo coronavírus (COVID-19), golpes contra o consumidor crescem, principalmente por conta do aumento das compras on-line, que tiveram alta de 126,9% apenas em maio. Os criminosos utilizam de todo tipo de artifício para enganar as vítimas, como informações falsas e campanhas mentirosas de solidariedade.
O Brasil Econômico reuniu alguns dos golpes mais praticados para que você fique de olho, confira:
Este golpe consiste em uma campanha falsa para financiamento de uma suposta vacina contra o coronavírus. Os golpistas afirmam que são de hospitais, do SUS ou até mesmo da OMS. Vale lembrar que o financiamento para as pesquisas em busca de uma vacina não está sendo realizado de forma individual.
Aplicativos como o “COVID-19 Tracker” e o “CovidLock” realizam uma espécie de “sequestro” de seu smartphone. Ao utilizar estes programas, os criminosos mudam sua senha e pedem um resgate em bitcoins para liberá-lo.
Neste caso, a própria Ambev já desmentiu o caso. De acordo com a empresa, suas doações são feitas a hospitais públicos. Em outro golpe, o do “kit gratuito com máscara e álcool em gel dado pelo governo”, o usuário é levado para uma página falsa do governo federal com dicas de prevenção. Contudo, para receber o “brinde”, a pessoa deve preencher informações pessoais e compartilhar o site com o intuito de “salvar vidas”. O golpe também é aplicado por telefone, com uma pessoa se passando por um servidor do Ministério da Saúde.
Golpistas entram em contato com o usuário pedindo a confirmação, por Whatsapp ou por ligação, de um número de verificação que é enviado ao seu SMS. O tal número é o código de autenticação do próprio Whatsapp. Quando este número cai na mão dos criminosos, estes te desconectam do aplicativo e conectam sua conta a um novo celular. Desta forma, utilizam o aplicativo como se fosse você, pedindo dinheiro para a sua lista de contatos em seu nome para as informações bancárias deles.
Pelo seu Whatsapp, criminosos te mandam uma mensagem sobre o auxílio emergencial de R$ 600. Os golpistas então pedem para que você acesse um link e preencha um formulário verificando se tem ou não direito ao saque. Desta forma, roubam seus dados.
Uma das modalidades mais comuns no Brasil, o também chamado de bolware, consiste em códigos de barras em boletos que são alterados para um que o criminoso deseje. O golpe se inicia quando a vítima realiza um download de arquivo no seu computador ou celular sem ter noção de que se trata de um malware (vírus), permitindo a inserção do código malicioso.
Existe um texto que afirma: “Com a grande disseminação do CORONA VÍRUS no mundo, a Netflix está liberando acesso a sua plataforma para os primeiros a se cadastrarem no site deles! É por pouco tempo os cadastros!”. A mensagem, que tem erros ortográficos, é completamente enganosa. Ao clicar na frase, o usuário é levado ao falso link netflix-usa.net.
Em outro texto que remete a um link falso, golpistas afirmam “Para conscientizar o povo brasileiro a ficar em casa, nós decidimos liberar totalmente grátis 7GB de internet. Solicite 1 vez por dia. Válido somente até hoje”. A Anatel já comunicou, em seu site oficial, que não envia links por Whatsapp ou por SMS, nem realiza promoções ou premiações.
Golpistas entram em contato com pessoas se passando por um banco para comunicar a realização de transações suspeitas com o cartão de crédito do cliente. Depois de conseguir informações sigilosas, tais como senhas e dados pessoais, os criminosos dizem que um motoboy será enviado para recolher o tal cartão “clonado”. Os criminosos ainda orientam a vítima a cortar o cartão ao meio, para inutilizar a tarja magnética. Contudo, o chip permanece intacto, permitindo que os bandidos realizem compras com o cartão. A Febraban comunicou que os bancos nunca enviam funcionários para pegar cartões de clientes.
O consumidor clica em um link de uma oferta “sensacional”. Ao entrar na loja de uma empresa, conhecida ou não, digita seus dados pessoais e do cartão de crédito. Desta forma, seu cartão é clonado pelo criminoso.
Fonte: O Documento